Para gerir uma empresa com eficiência, é preciso acompanhar de perto cada setor, em especial o financeiro. Pois é por meio dele que se mede o sucesso do negócio e também de onde vem o sinal de alerta quando os resultados ficam negativos. Uma das ferramentas usadas por essa área tanto para resolver problemas quanto para aproveitar oportunidades é o Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE).
Com esse relatório, é possível, por exemplo, ter uma noção clara do nível de endividamento, permitindo ou impedindo que novos financiamentos sejam feitos. Ele também fornece as informações necessárias para verificar a lucratividade e o desempenho individual dos produtos e serviços. Enfim, o DRE é um ótimo instrumento de gestão.
E para que você entenda melhor o seu conceito, qual é sua função ― obrigatória e estratégica ― e alguns outros detalhes sobre o DRE, elaboramos este artigo. Siga com a gente e aproveite o conteúdo!
DRE não é igual fluxo de caixa
Antes de qualquer definição ou conceito, precisamos dizer que o Demonstrativo do Resultado do Exercício não é sinônimo de fluxo de caixa. Essa confusão acontece porque eles têm algumas características semelhantes, porém, as diferenças aqui falam bem mais alto.
Enquanto o fluxo de caixa é a representação das entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa e serve para fazer a análise do resultado financeiro, o DRE reflete o resultado econômico, independentemente de quando ocorreram pagamentos e recebimentos de compra e venda. Ele não leva em consideração a movimentação de dinheiro. Dito isso, podemos partir para os conceitos.
O que é e para que serve o DRE
O Demonstrativo do Resultado do Exercício é um relatório contábil que oferece um panorama geral da situação das finanças. Com base em uma comparação entre as despesas e receitas operacionais e não operacionais, o documento mostra o resultado líquido dentro de um determinado período, apontando se houve lucro ou prejuízo.
Pela Lei 6.404, as Sociedades Anônimas (SA) são obrigadas a elaborar o DRE anualmente e torná-lo público. Hoje, a publicação desse documento deve ser feita nos sites da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da entidade administradora do mercado em que os valores mobiliários da companhia estiverem admitidas à negociação.
No caso das Ltdas., o período do exercício depende de cada caso, podendo ser mensal, bimestral ou mesmo semestral. A exigência feita pela lei é de que o documento seja impresso, encadernado e arquivado para ser apresentado ao Fisco em caso de fiscalização, deixando clara a transparência da gestão do negócio.
Independentemente de ser uma obrigação ou não, as empresas não devem se prender apenas ao aspecto legal do DRE. Isso porque esse demonstrativo é um importante documento para a contabilidade, especialmente para aquela que se dedica à consultoria. Diante disso, elaborar o DRE mensalmente ou em um periodicidade que atenda às necessidades do negócio é uma forma de aproveitar esse relatório como ferramenta estratégica na gestão financeira.
DRE como ferramenta estratégica na gestão financeira
Quando pensamos no DRE, acabamos focando muito no resultado que ele apresenta no final, porém, é preciso entender que este relatório é um grande aliado na gestão financeira da empresa como um todo. Isso acontece porque ele também evidencia outros fatores essenciais nas finanças, que acabam facilitando a tomada de decisão por parte de empresários e gestores.
Confira os outros pontos da área financeira para os quais o DRE é uma ferramenta útil:
- Composição dos custos relativos: mede o impacto dos gastos, separando os custos fixos daqueles que estão ligados às vendas;
- Controle preventivo do fluxo de caixa: em caso de despesas muito próximas das receitas, o sinal de alerta é ligado;
- Nível de endividamento: o gestor passa a ter uma noção mais exata do efeito de empréstimos tomados. Assim, é possível ter informações suficientes para renegociar algumas dívidas ou, até mesmo, contrair novas, se realmente for necessário;
- Estratégia de financiamento: reavaliação de crédito ou busca de alternativas para expandir, por exemplo;
- Lucro e margem da operação: permite verificar quanto cada produto ou serviço rende e como está a lucratividade do negócio. Dessa forma, há como saber em que investir ou qual opção está dando mais prejuízo, por exemplo.
Neste mesmo sentido, o DRE também é importante para melhorar a comunicação com outras empresas e instituições, como bancos, governos e credores. A partir da apresentação do demonstrativo, esses agentes passam a ter uma noção mais clara do que está acontecendo em seu negócio.
Os mais importante deles são os órgãos de fiscalização do governo, pois o DRE servirá de base para identificar a quantidade de impostos pagos de acordo com o lucro apresentado em determinado período. E manter os tributos pagos em dia e no valor correto garantem equilíbrio no caixa e segurança jurídica, certo?
O DRE também funciona como um instrumento de apoio no momento de buscar financiamento, pois é um dos principais documentos solicitados pelas instituições financeiras para conferir se a empresa tem condições de arcar com a dívida. Ter o relatório em mãos nesse momento ainda é essencial para mostrar transparência e profissionalismo no trato com as questões financeiras.
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O jeito mais simples e prático de ter o DRE da sua empresa em mãos, dentro da periodicidade que você quiser e com as informações sempre atualizadas é contar com um sistema de gestão completo e inteligente, como o ERP Radar Empresarial, oferecido pela YNOS. O nosso software integra todas as áreas da empresa, facilitando a reunião dos dados financeiros e contábeis necessários para a elaboração do demonstrativo.
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